BARUHIM CHABAIM! Sejam bem vindos!

Não tratamos aquí de religião, apenas tentamos esclarecer nossos chaverim que se enveredaram por imposições outras, a se absterem de seu D'us e irem após outros estranhos ao de suas origens. BARUCHIM CHABAIM! Sejam bem vindos!

Será que o caro visitante sinceramente entende o que esses dois versículos quer lhe dizer?
Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que entre vós peregrina, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim será o peregrino perante o SENHOR. Uma mesma lei e um mesmo direito haverá para vós e para o estrangeiro que peregrina convosco. Bamidbar (números) 15:15-16

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ORIGEM E HISTÓRIA DOS JUDEUS ETÍOPES




Origem e história dos judeus etíopes remonta aos tempos do rei Salomão
Por quase 3.000 anos, os judeus negros da Etiópia, conhecidos como falashas e que se auto-denominam “Beta Israel” mantiveram sua fé e identidade lutando contra a fome, a seca e as guerras tribais. Acredita-se que eles faziam parte de uma das dez tribos perdidas, seus ancestrais remontando ao rei Salomão e à rainha de Sheba (Sabá).
Em maio de 1991, os falashas protagonizaram um êxodo milagroso. Com a Etiópia envolvida em profunda e brutal guerra civil, 14.200 membros dessa comunidade foram transportados de avião para Jerusalém pelas Forças de Defesa de Israel. Toda a operação de salvamento durou 25 horas.
O herói que idealizou e organizou o incrível resgate foi o então embaixador de Israel na Etiópia, Asher Naim. A epopéia foi narrada no livro Saving the lost tribe (Salvando a tribo perdida), no qual Naim relata com humor e conhecimento de causa a ação que se tornou conhecida como Operação Salomão.
No outono de 1990, quando foi nomeado pelo governo israelense para o cargo de embaixador em Adis Abeba, sua identificação com os judeus etíopes foi imediata. Ele queria dar continuidade à chamada Operação Moisés, iniciada em 1985 pelos israelenses com o apoio dos norte-americanos e que durante três anos, tentou tirar do país dezenas de milhares de falashas através do Sudão, levando-os de barco para Israel. O sucesso daquela operação foi relativo, pois na época, só oito mil pessoas conseguiram fugir; o restante adoeceu na viagem e muitos voltaram à Etiópia. Muitas famílias foram, assim, separadas.
História dos falashas
Em 1860, missionários britânicos que viajavam pela Etiópia foram os primeiros ocidentais a encontrar a tribo dos falashas, ficando surpresos ao ver as faces queimadas com traços semitas e que praticavam o judaísmo. Os membros dessa comunidade observavam o shabat e mantinham rígidas leis rituais da forma como estão descritas na Torá.
Pouco tempo depois, o estudioso judeu Joseph Halevy decidiu conhecê-los pessoalmente. Seria possível que esses judeus fossem parte de uma das tribos de Israel, perdidas há muito, foragidas durante as destruições do Primeiro ou Segundo Templo? Halevy foi recebido com curiosidade e desconfiança pelos nativos, que lhe perguntavam: O senhor, judeu? Como pode ser judeu? O senhor é branco!
Mas quando Halevy mencionou a palavra Jerusalém, todos se convenceram. Os falashas haviam sido separados de outros judeus por milhares de anos. Nenhum deles jamais saíra de seus vilarejos. No entanto, todos acalentavam um grande sonho, vindo de gerações passadas: voltar para Jerusalém. Os judeus da Etiópia sofriam as mesmas discriminações que os demais, na diáspora.
No início de 1970, havia um grupo organizado dos Beta-Israel que queria emigrar para Israel, apesar de seus membros ainda não serem considerados judeus àquela época, não tinham, portanto, direito a fazer aliá (imigração). Uma centena de falashas já vivia em Israel, onde começou um movimento liderado por um iemenita judeu nascido na Etiópia, Ovadia de Tzahala, que fizera aliá em 1930 e que tinha parentes entre os falashas. Por isso, pressionava-os a emigrar para Israel.
Operação Salomão
Em 1990, enquanto as forças rebeldes avançavam contra o ditador etíope Mengistu Haile Mariam (conhecido como o açougueiro de Adis), foi ficando claro que os falashas seriam exterminados, a não ser que conseguissem deixar o país pois eram muito discriminados. Asher Naim, excelente mediador, trabalhou em vários campos simultaneamente. Negociava com Mengistu, coordenava logística e estratégias com os militares israelenses e arrecadava doações, freneticamente, através de contatos nos Estados Unidos.
No dia 23 de maio de 1991, decidiu que havia chegado a hora de convocar a Força Aérea Israelense: a Operação Salomão devia começar imediatamente. O ditador Mengistu aceitara as condições, mediante pagamento em espécie e impondo segredo absoluto.
Diante da embaixada israelense, milhares de falashas se acotovelavam, prontos para partir. Os primeiros aviões israelenses aterrissaram no aeroporto de Adis Abeba e uma equipe de comandantes muito bem preparados se posicionou para proteger a missão a qualquer custo.
No total, em pouco mais de um dia, 14.200 emigrantes foram levados para o aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv. Trinta e cinco aviões militares e civis fizeram 41 vôos. Em um dado momento, havia 28 aviões no ar. Um dos Jumbos, que normalmente poderia levar 500 passageiros, transportou de uma só vez 1.087 pessoas, num feito anotado no livro de recordes Guinness.
Para Asher Naim, o resgate dos judeus etíopes foi de importância vital. Ele queria liberar seus irmãos de um ditador tirano e assim assegurar a sobrevivência dessa tribo. Ajudando os falashas a voltar para Jerusalém, Naim chegou a um novo e profundo entendimento do verdadeiro significado de fé, de identidade e da luta para superar as adversidades. No seu livro, cita uma frase de Bernard Raskas: “D-us não quer que façamos coisas extraordinárias. Ele quer que façamos coisas simples, de forma extraordinária...”
Em Israel, a adaptação dos imigrantes não foi fácil. A maioria era muito jovem e sem cultura nenhuma, e no princípio sofreram desconfiança e rejeição por parte de alguns por causa de sua cor. Mas vários institutos têm desenvolvido projetos especiais de educação intensiva para as crianças, como por exemplo, a escola Beth Zipora, no sul de Israel. Esse programa foi implantado por Elie Wiesel e ministra cursos de inglês e computação. O sonho dos judeus etíopes é formar líderes, médicos, engenheiros e até generais. Tão logo desembarcaram, o governo israelense fez campanhas para angariar fundos para sua absorção e sobrevivência, a fim de não deixá-los voltar ao mesmo ciclo de empobrecimento, amargura e desespero de seu passado na África.
Nota sobre o autor:
Asher Naim, diplomata israelense, serviu como adido cultural no Japão e Estados Unidos e como embaixador na ONU, Finlândia, Coréia do Sul e Etiópia. Ele é o criador do Fundo de Bolsas de Estudos para Judeus Etíopes e arrecada verbas para que os membros desta comunidade possam ter uma educação de nível superior nas universidades israelenses.
Os presentes artigos foram pesquisados e editados com base no material colhido nos sites do Beit Chabad do Brasil (www.chabad.org), da Revista Morashá de março de 2003 (www.morasha.com.br) Enciclopaedya Philtar (http://www.philtar.ucsm.ac.uk/encyclopedia/judaism/falash.html) e Enigmas da Humanidade (www.enigmas.hpg.ig.com.br)

FONTE: http://br.dir.groups.yahoo.com/group/pvnc/message/5347

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